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Img. ilustrativa |
A cidade de Limoeiro do Norte no
Vale do Jaguaribe, historicamente é reconhecida como a pioneira no investimento
de educação, graças à iniciativa do religioso Dom Aureliano Matos, pois
entendeu, na sua época, que a educação é a base primordial para se construir
uma sociedade politizada, racional e, acima de tudo, desprovida de hipocrisia. Todavia,
em pleno século 21, a terra da bicicleta, a princesa do vale, berço da cultura
- como assim é conhecida - ainda vivencia cenas insanas do antigo Egito, onde
animais vadios ocupam os logradouros da cidade, sem receber atenção e cuidados
adequados.
Algumas pessoas, ao denunciarem o risco iminente que toda a sociedade
corre sempre que se expõe ao contato com esses animais (portadores de
enfermidades e patologias desconhecidas pela maioria da sociedade), tornam-se
alvo de críticas insanas e infundadas baseadas em achismo. É uma tristeza ouvir
pessoas aparentemente esclarecidas que ocupam níveis de destaque na cidade,
argumentar que “conversei com o meu veterinário e ele disse que não há risco
nenhum em manter as minhas crianças em contato com meu cachorro com meu gato,
pois, estão vacinados”. Considero um equívoco do profissional médico
veterinário, assim como do proprietário desses animais, pois não se faz
necessário ser especialista em patologias zoológicas para entender que as
vacinas e outros cuidados zootécnicos dedicado aos animais, servem apenas para protegê-los
de suas possíveis infecções ou mazelas.
Os que convivem no dia-a-dia com os referidos animais domésticos não
estão imunizados, portanto é passivo de contrair possíveis doenças infecções e
outras enfermidades, dito isso, lamentavelmente, o que aparentemente é um
sentimento de amor à vida dedicado aos animais, torna-se uma verdadeira
hipocrisia, visto bastar voltarmos à história, onde pessoas quando consideradas
contaminadas por doenças diversas como, lepra e outras, eram levadas para
região de isolamento, e assim, evitarem a contaminação da população.
A razão é simples: nessas épocas remotas, não existia tratamento. Já nos
dias de hoje é perfeitamente insano, inadmissível, do ponto de vista racional,
não termos claramente esta compreensão e encarar com naturalidade o convívio de
pessoas com animais que apresentam aspectos de estarem infectados com doenças possivelmente
contagiosas, que nos deixam vulneráveis a um ambiente de alto risco. Estes animais
enfermos são verdadeiras “minas, bombas” itinerantes recheadas com uma carga
viral, bacteriológica, em contato diário com pessoas, visto como natural,
especialmente por um nicho da sociedade hipócrita.
Esperamos que as autoridades possam avaliar até que ponto é salutar, até
que ponto desconsiderar esses fatos é contribuir para o equilíbrio socioambiental
de nosso espaço urbano, que em princípio deve ser por excelência, assim
entendido.
Há um dito popular antigo que tem validade á essa abordagem: “cada
macaco no seu galho”. Caso não haja uma providência racional, possivelmente em
breve, teremos o título de sociedade contaminada com enfermidades oriundas de
gatos e cachorros e outros animais que deveriam ser tratados como tal.
A insensatez
de alguns querendo mudar os hábitos destes animais, insistindo em transformá-los
em humanos, fica a reflexão: Quem realmente está se portando como desprovido de
racionalidade? Tenho dito.
Por: Marfreitas
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