sábado, 19 de agosto de 2017

Limoeiro do Norte: Uma cidade sitiada sob ameaça silenciosa de bombas biológicas itinerantes.

Img. ilustrativa
A cidade de Limoeiro do Norte no Vale do Jaguaribe, historicamente é reconhecida como a pioneira no investimento de educação, graças à iniciativa do religioso Dom Aureliano Matos, pois entendeu, na sua época, que a educação é a base primordial para se construir uma sociedade politizada, racional e, acima de tudo, desprovida de hipocrisia. Todavia, em pleno século 21, a terra da bicicleta, a princesa do vale, berço da cultura - como assim é conhecida - ainda vivencia cenas insanas do antigo Egito, onde animais vadios ocupam os logradouros da cidade, sem receber atenção e cuidados adequados.

Algumas pessoas, ao denunciarem o risco iminente que toda a sociedade corre sempre que se expõe ao contato com esses animais (portadores de enfermidades e patologias desconhecidas pela maioria da sociedade), tornam-se alvo de críticas insanas e infundadas baseadas em achismo. É uma tristeza ouvir pessoas aparentemente esclarecidas que ocupam níveis de destaque na cidade, argumentar que “conversei com o meu veterinário e ele disse que não há risco nenhum em manter as minhas crianças em contato com meu cachorro com meu gato, pois, estão vacinados”. Considero um equívoco do profissional médico veterinário, assim como do proprietário desses animais, pois não se faz necessário ser especialista em patologias zoológicas para entender que as vacinas e outros cuidados zootécnicos dedicado aos animais, servem apenas para protegê-los de suas possíveis infecções ou mazelas.

Os que convivem no dia-a-dia com os referidos animais domésticos não estão imunizados, portanto é passivo de contrair possíveis doenças infecções e outras enfermidades, dito isso, lamentavelmente, o que aparentemente é um sentimento de amor à vida dedicado aos animais, torna-se uma verdadeira hipocrisia, visto bastar voltarmos à história, onde pessoas quando consideradas contaminadas por doenças diversas como, lepra e outras, eram levadas para região de isolamento, e assim, evitarem a contaminação da população.

A razão é simples: nessas épocas remotas, não existia tratamento. Já nos dias de hoje é perfeitamente insano, inadmissível, do ponto de vista racional, não termos claramente esta compreensão e encarar com naturalidade o convívio de pessoas com animais que apresentam aspectos de estarem infectados com doenças possivelmente contagiosas, que nos deixam vulneráveis a um ambiente de alto risco. Estes animais enfermos são verdadeiras “minas, bombas” itinerantes recheadas com uma carga viral, bacteriológica, em contato diário com pessoas, visto como natural, especialmente por um nicho da sociedade hipócrita.

Esperamos que as autoridades possam avaliar até que ponto é salutar, até que ponto desconsiderar esses fatos é contribuir para o equilíbrio socioambiental de nosso espaço urbano, que em princípio deve ser por excelência, assim entendido.
Há um dito popular antigo que tem validade á essa abordagem: “cada macaco no seu galho”. Caso não haja uma providência racional, possivelmente em breve, teremos o título de sociedade contaminada com enfermidades oriundas de gatos e cachorros e outros animais que deveriam ser tratados como tal. 

A insensatez de alguns querendo mudar os hábitos destes animais, insistindo em transformá-los em humanos, fica a reflexão: Quem realmente está se portando como desprovido de racionalidade? Tenho dito.


Por: Marfreitas

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